Mundo atingiu 11,5 milhões de pessoas em prisões, diz relatório da ONU

0
8
Mundo atingiu 11,5 milhões de pessoas em prisões, diz relatório da ONU

Nesta sexta-feira, as Nações Unidas lançaram o relatório “Prisão Importa 2024” revelando que a população carcerária global atingiu cerca de 11,5 milhões. Os homens representam 94% do total. 

O levantamento do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, destaca que houve um aumento global na população carcerária em 2023 após uma redução temporária durante a pandemia de Covid-19. 

Regras Nelson Mandela 

O Brasil é citado como um dos países que mais impulsionam a alta de presos na América Latina. A nova edição marca o 10º ano da adoção das Regras Mínimas da ONU para o Tratamento de Prisioneiros, as Regras Nelson Mandela. 

Cerca de 3,5 milhões dos casos são de prisão preventiva. Os autores do relatório defendem prisões capazes de reabilitar os detidos e cita alguns esforços dos Estados-membros para implementar tais práticas. 

A superlotação é uma marca da realidade de vários sistemas prisionais no mundo

Além da alta população prisional, com 30% em prisão preventiva, o documento ressalta a disparidade de gênero. Mesmo que a grande maioria de prisioneiros sejam homens, cerca de 700 mil são mulheres. Este segmento é considerado menor, mas significativo. 

Superlotação 

A superlotação é uma marca da realidade de vários sistemas prisionais no mundo, em especial na África e nas Américas. Esses centros operam no limite ou acima da capacidade. 

Como recomendação, o estudo sugere foco numa reabilitação destacando que é importante tanto renovar os sistemas prisionais como criar ambientes que apoiem a reintegração dos presos à sociedade. 

Há ainda disparidades regionais em relação a taxas de encarceramento e a proporção de presos sem sentença. 

Outra preocupação são as altas taxas de suicídio de 32,9 presos em cada 100 mil.  

O número de pessoas que tiram a própria vida está mais de três vezes acima do que a média global de 2021 que foi de 9,1 mortes por 100 mil habitantes. 

O Unodc revela que algumas regiões apresentam altas taxas de mortes violentas na prisão, incluindo suicídios, numa indicação de condições prisionais inseguras. 

 



Fonte ONU

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui