O suspeito vendia logins de advogados que permitiam acessos a dados sigilosos, a tudo que tinha no processo. Ele revendia esses acessos, que permitem o golpe do falso advogado
Delegado João Vitor Herédia, do Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos, do RS
Com informações reais, criminosos tinham abordagem convincente, pedindo pagamento de taxas para acelerar processo judicial. Geralmente, golpistas usavam como desculpa “custas processuais”, “impostos” ou “taxas cartorárias”. Ao falar da indenização a ser recebida pela vítima, era dito que, antes, ela precisaria pagar uma taxa.
Investigação começou após registro de milhares de ocorrências em 2024 feitas tanto por advogados como por vítimas do Rio Grande do Sul. Nas outras duas fases da operação Falso Patrono, foram detidas pessoas no Ceará, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais, Agora, a prisão ocorreu no Espírito Santo. Já foram presas preventivamente 11 pessoas.

Em fevereiro, vítima de São Paulo levou prejuízo de R$ 30 mil com golpe do falso advogado. Golpistas alegavam que mulher precisava pagar taxas para antecipar indenização na casa dos R$ 300 mil e que, após realizar uma transferência por Pix, ela receberia o dinheiro que lhe era devido em poucos minutos.
Homem detido no Espírito Santo era especializado na falsificação de documentos. Segundo o delegado João Vitor Herédia, do Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos, suspeito era designer gráfico e tinha uma gráfica clandestina. Ele também estava envolvido em fraudes de documentos digitais, na liberação de acessos de contas gov, fraude de aplicativos de transporte e venda de acesso a painéis de dados, que possibilitam vários tipos de golpes.
Fonte Agência Brasil