Empreendedorismo jovem ganha força no Brasil e revela nova mentalidade de negócios

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O Brasil vive um momento em que o empreendedorismo jovem se consolida como um dos principais motores de transformação social e econômica.

Pesquisas do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com o Sebrae, apontam que mais de 40% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos sonham em abrir o próprio negócio — um percentual acima da média mundial. Essa tendência reflete não apenas o desejo de independência financeira, mas também uma mudança de mentalidade: para muitos, empreender deixou de ser um plano distante para se tornar o caminho natural de carreira.

O fenômeno é explicado por diferentes fatores. De um lado, a alta taxa de desemprego entre os jovens, historicamente superior à média nacional, funciona como catalisador para buscar alternativas. De outro, a expansão do acesso à tecnologia, cursos online e programas de incentivo ao empreendedorismo têm oferecido novas ferramentas para transformar ideias em negócios reais. O resultado é um ecossistema onde startups, microempresas e projetos digitais se multiplicam, muitas vezes liderados por jovens de pouco mais de 20 anos.

Para Jonas Pimentel Xavier, CEO da JP Grout, esse movimento é mais do que promissor: é estratégico para o futuro do país. “A nova geração não tem medo de arriscar, e isso é positivo. O grande desafio é transformar esse ímpeto em negócios sustentáveis, com planejamento, inovação e visão de longo prazo. Empreender não é só abrir uma empresa, mas criar soluções que resistam ao tempo e tenham relevância no mercado”, comenta.

Jonas Pimentel Xavier

A relevância desse público já se reflete na economia. Dados do Sebrae mostram que os pequenos negócios representam mais de 70% dos empregos formais no país, sendo que muitos deles foram fundados por empreendedores jovens ou de primeira geração. Além disso, os setores de tecnologia, moda, alimentação saudável e educação digital despontam como áreas de maior interesse e crescimento entre os novos empresários.

Embora a vitalidade do empreendedorismo jovem seja inegável, especialistas alertam para a necessidade de maior preparo. Falta de capital inicial, burocracia e dificuldade de acesso a crédito seguem como obstáculos. Ainda assim, os números demonstram resiliência: mesmo em períodos de crise, como a pandemia, houve recorde de abertura de novos negócios no país, muitos deles liderados por jovens em busca de oportunidades.

Para Jonas, a mensagem é clara: coragem é essencial, mas o planejamento não pode ser negligenciado. “Quando abri minha empresa, entendi que o primeiro passo era vencer o medo. Mas só avançamos de verdade quando combinamos ousadia com estratégia. O jovem empreendedor precisa entender que seu negócio pode ir além de uma renda imediata: pode se tornar legado e instrumento de transformação social”, reforça.

À medida que essa nova geração se estabelece, o Brasil vê nascer um cenário mais dinâmico, inovador e competitivo, que pode redefinir o perfil de sua economia nos próximos anos.

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