Economia do esporte e desenvolvimento regional o impacto da Global League Fut7 na profissionalização e geração de oportunidades no Brasil

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O esporte brasileiro vive um momento de transformação que vai muito além dos gramados. A chegada de ligas internacionais e o crescimento de investimentos privados estão movimentando uma nova economia esportiva, capaz de gerar empregos, atrair turismo e fortalecer cadeias produtivas inteiras. A Global League Fut7, com sede nos Estados Unidos, é um exemplo concreto dessa nova fase. Sob a liderança do ex-jogador Marcelo Saragosa e do empresário Tiago Medeiros, a liga chega ao país com a proposta de profissionalizar o Futebol 7, trazendo um modelo de gestão e infraestrutura que já é referência na América do Norte.

O projeto estreia oficialmente no Brasil em novembro de 2025 com a Floripa Cup de Verão, competição que reunirá 24 equipes e oferecerá premiação de R$ 50 mil ao campeão. O evento será realizado na grande Florianópolis, e marcará a inauguração da Arena Paysandú, novo complexo esportivo do estado de Santa Catarina, planejado para sediar competições nacionais e internacionais com estrutura de padrão profissional. A expectativa é de que o torneio atraia atletas, torcedores e investidores de várias regiões do país e de fora dele, impulsionando o turismo e o setor de serviços local.

Segundo estimativas do Fórum Econômico Mundial, o esporte movimenta globalmente cerca de 620 bilhões de dólares por ano. No Brasil, o setor já representa aproximadamente 2% do PIB, gerando mais de 300 mil empregos diretos e 1 milhão de indiretos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). O crescimento desse mercado está intimamente ligado à profissionalização das modalidades e à criação de eventos estruturados, exatamente o que propõe a Global League Fut7.

Marcelo Saragosa, presidente da Liga, explica que o diferencial está na aplicação de um modelo de gestão inspirado nas ligas esportivas norte-americanas. “O esporte nos Estados Unidos funciona com padrões de excelência e governança muito claros. Tudo é planejado, da logística à experiência do público. Nosso objetivo é trazer esse mesmo nível de organização para o Brasil, criando oportunidades e valorizando a modalidade”, afirma.

Saragosa, que teve passagens por clubes como São Paulo e equipes da Major League Soccer (MLS), onde também atuou em cargos de gestão, destaca que o investimento no esporte é também investimento em desenvolvimento econômico. “Cada evento esportivo movimenta uma cadeia enorme: hotelaria, alimentação, turismo, transporte, marketing e tecnologia. O esporte é um setor que gera impacto social e econômico de forma imediata”, comenta.

Arena Paysandú, que será inaugurada durante a Floripa Cup, é o primeiro grande marco dessa expansão. O complexo foi concebido com estrutura multifuncional e capacidade para receber competições e eventos corporativos, com padrão internacional de qualidade. Para Tiago Medeiros, diretor estratégico da Liga, o projeto é um exemplo de como o investimento privado pode impulsionar o crescimento regional. “O esporte é uma ferramenta poderosa de desenvolvimento. Nosso objetivo é conectar o potencial esportivo brasileiro a uma gestão eficiente e sustentável, criando empregos, movimentando o comércio local e deixando um legado de estrutura”, explica.

Além de fomentar a economia, a Global League Fut7 aposta na formação de um novo ecossistema de negócios esportivos. A Liga pretende estabelecer um calendário fixo de competições no Brasil, conectando clubes, atletas e patrocinadores a uma rede global de visibilidade e oportunidades. A organização prevê que cada evento mobilize dezenas de fornecedores e profissionais das áreas de mídia, comunicação, operação e entretenimento, ampliando o alcance do Futebol 7 no país.

O crescimento da economia esportiva reflete uma tendência global: o esporte deixou de ser apenas um campo de paixão e passou a ser uma indústria criativa e rentável. De acordo com a consultoria PwC, o mercado esportivo global deve crescer cerca de 7% ao ano até 2030, impulsionado por ligas independentes, inovação tecnológica e eventos híbridos que combinam entretenimento e conectividade digital. A Global League Fut7 se encaixa nesse contexto, trazendo ao Brasil um formato que integra o físico e o digital, com transmissões profissionais, ativações de marca e experiências ao vivo para o público.

Para Tiago Medeiros, o segredo do sucesso da Liga está em unir paixão e profissionalismo. “O Futebol 7 é uma modalidade vibrante, acessível e com um público enorme. Faltava a ela uma estrutura de gestão à altura de seu potencial. A Global League nasce com o propósito de profissionalizar essa cadeia, gerando benefícios para todos os envolvidos: atletas, clubes, patrocinadores e torcedores”, afirma.

Com a Floripa Cup de Verão, o Brasil dá um passo importante na consolidação de um modelo esportivo mais competitivo e sustentável. A expectativa é que o evento gere empregos diretos e indiretos, fortaleça a imagem de Florianópolis como destino esportivo e sirva de vitrine para novas parcerias e investimentos.

A chegada da Global League Fut7 ao Brasil simboliza uma nova era para o esporte nacional, uma era em que gestão e profissionalismo caminham lado a lado com a paixão pelo futebol. “O esporte brasileiro tem talento e carisma únicos. O que estamos trazendo é estrutura, visão e padrão internacional para que esse potencial se transforme em desenvolvimento real”, conclui Marcelo Saragosa.

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