Computador ‘simula’ nosso cérebro e mostra como ele aprende algo novo

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Tecnologia permite observar como os circuitos neurais tomam decisões e se adaptam a mudanças, bem como o que acontece em transtornos mentais

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Imagem: Edit 4 Me/Shutterstock

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Uma nova ferramenta pode ajudar a entender como o cérebro transforma informações em ações. Chamado CogLinks, o modelo de computador foi desenvolvido por cientistas da Universidade Tufts, nos Estados Unidos.

Segundo a equipe, a tecnologia permite observar como os circuitos neurais tomam decisões, aprendem com erros e se adaptam a mudanças. Além disso, dá indício do que acontece quando esse processo não funciona como o esperado, como ocorre em transtornos mentais.

Ilustração de um cérebro humano
Ferramenta permite observar como os circuitos neurais tomam decisões (Imagem: Alexander Sikov/iStock)

Processo de aprendizado do cérebro em evidência

Os pesquisadores explicam que o CogLinks é capaz de reproduzir a arquitetura e as conexões dos neurônios. Diferentemente da inteligência artificial convencional, a ferramenta permite visualizar o processo de aprendizado no cérebro.

Durante o trabalho, a equipe conduziu um estudo de imagem cerebral (fMRI) em voluntários, em parceria com a Universidade Ruhr de Bochum, na Alemanha. Os participantes jogaram um jogo em que as regras mudavam de forma inesperada, exigindo ajustes rápidos de estratégia.

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Estudo mostrou como cérebro se adapta a mudanças (Imagem: saifulasmee chede/iStock)

As imagens mostraram que o tálamo mediodorsal ajuda o cérebro a perceber quando o contexto de determinada situação muda. Isso exige uma adaptação a novas informações e, consequentemente, uma mudança de postura diante do fato.

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Tecnologia pode ajudar a criar novas formas de tratamento contra transtornos mentais (Imagem: Makhbubakhon Ismatova/iStock)

Esperança no tratamento contra transtornos mentais

  • Os cientistas afirmam que a ferramenta pode ajudar a mapear as causas biológicas de transtornos mentais.
  • A ideia é usar o CogLinks para investigar como mutações genéticas associadas à esquizofrenia afetam os circuitos cerebrais e dificultam a flexibilidade do pensamento.
  • De acordo com os pesquisadores, “se entendermos como o cérebro se desvia, podemos aprender a realinhá-lo”.
  • Isso pode transformar a maneira como tratamos doenças mentais, possibilitando a adoção de terapias mais precisas.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature Communications.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.




Fonte Olhar Digital

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