Ponte de Itajaí reforça urgência da repactuação da BR-101

0
5
Ponte de Itajaí reforça urgência da repactuação da BR-101

Segurança é prioridade absoluta na avaliação da entidade, que entende que concessionária e ANTT precisam garantir as condições de utilização da estrutura

Os questionamentos quanto à segurança da ponte da BR-101 em Itajaí reforçam a urgência da repactuação do contrato de concessão da rodovia e da construção da Via Mar, na avaliação da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). “A segurança é prioridade absoluta e cabe à ANTT e à concessionária assegurar tecnicamente que não há risco de colapso e que as devidas ações estão sendo tomadas para garantir as condições de uso da estrutura”, avalia Gilberto Seleme, presidente da entidade.

Em julho de 2023 a Fiesc propôs à ANTT a derrocada da ponte velha e a construção de uma nova no sentido Norte, já com maior capacidade e pilares alinhados corretamente. Isso permitiria, além de ampliar a capacidade da BR-101, viabilizar a hidrovia do Rio Itajaí-Açu. Para a instituição, a situação da ponte reforça a urgência e a complexidade da repactuação do contrato de concessão da BR-101. “Santa Catarina precisa buscar a melhor solução para esta rodovia essencial, que está em colapso em vários segmentos”, afirma Seleme.

A Fiesc considera que deve ser discutida a extensão do prazo de concessão por mais trinta anos, o que permitiria incluir obras relevantes, como a da ponte, entre os novos investimentos da concessionária, sem onerar excessivamente o pedágio. A posição da Fiesc leva em consideração estudo sobre a atual proposta de repactuação, que é de 15 anos. O trabalho demonstra que as obras elencadas, segundo documento recebido do Tribunal de Contas da União (TCU), são insuficientes para garantir a eficiência e a segurança. “A repactuação tem o aval do TCU, o que traz segurança jurídica e a possibilidade de um bom contrato. O modelo definido pelo governo federal prevê disputa e não assegura à atual concessionária a continuidade do contrato, como demonstrou recente processo da rodovia Fernão Dias, entre São Paulo e Minas”, diz Seleme.

Na disputa, com três participantes, feita no último dia 11 na B3, a Motiva (antiga CCR) foi a vencedora e vai assumir a concessão até 2040, no lugar da Arteris. Seleme acrescenta também que o colapso da BR-101 e a lentidão na solução dos problemas da rodovia reforçam a necessidade de construir a Via Mar o mais breve possível. “São duas frentes urgentes: melhorar as condições da BR-101 no curtíssimo prazo e, ao mesmo tempo, avançar para que a Via Mar saia do papel em tempo hábil. A falta de rodovias não pode frear o desenvolvimento do estado. Precisamos de soluções para atender os novos terminais portuários, o aumento do turismo e o crescimento da população do litoral, já que vão demandar uma capacidade rodoviária ainda maior”, finaliza Seleme.



FonteAmanhã

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
6 + 3 = ?
Reload

This CAPTCHA helps ensure that you are human. Please enter the requested characters.