A apresentação do filho caçula de Viih Tube e Eliezer na igreja gerou repercussão nas redes sociais e trouxe discussões sobre a presença da fé cristã em momentos importantes da vida familiar — mesmo entre aqueles que não seguem rotinas religiosas ou frequentam igrejas regularmente. O casal, conhecido por compartilhar momentos íntimos da maternidade e da paternidade, realizou uma cerimônia simbólica que uniu bênção, emoção e a presença de amigos e familiares.
Para muitos líderes religiosos, como o pastor Luciano Alves, esse tipo de gesto representa um movimento crescente de pais que desejam oferecer uma base ética e espiritual aos filhos, sem necessariamente estarem vinculados a instituições religiosas. “Não é preciso estar inserido em uma comunidade de fé para ensinar princípios cristãos como respeito, compaixão, humildade ou perdão. Esses valores podem — e devem — ser cultivados no dia a dia, com intencionalidade e carinho”, afirma.
Segundo o pastor, existem formas práticas de incorporar esses ensinamentos na rotina familiar, mesmo em lares onde a religião não ocupa um papel central. Ele compartilha algumas sugestões:
- Ensine com o exemplo
“Crianças aprendem muito mais pelo que veem do que pelo que escutam”, diz. Atitudes como pedir desculpas, praticar a escuta ativa e ajudar o próximo em casa são maneiras eficazes de comunicar valores cristãos.
- Conte histórias com significado
Histórias bíblicas adaptadas à linguagem infantil, assim como contos com mensagens sobre empatia, justiça e fé, ajudam a introduzir conceitos espirituais com leveza. “Não precisa ser algo doutrinário. Uma boa história desperta valores naturalmente.”
- Crie momentos de gratidão
Ter um momento diário para agradecer — antes das refeições ou na hora de dormir — estimula a consciência espiritual e o reconhecimento das pequenas bênçãos. “A gratidão é um valor cristão fundamental e pode ser desenvolvido mesmo fora da religião.”
- Promova o diálogo aberto sobre fé e dúvidas
Permitir que os filhos perguntem sobre Deus, propósito, amor e sofrimento — sem imposições — abre espaço para o desenvolvimento de uma fé mais madura no futuro. “O silêncio sobre espiritualidade às vezes gera mais confusão do que uma conversa simples e honesta.”
- Valorize o servir e o cuidar

Práticas como doar brinquedos, visitar alguém que está doente ou ajudar um colega de escola ensinam, na prática, o que Jesus chamava de amor ao próximo.
Luciano também destaca que essa busca espiritual fora dos moldes tradicionais tem se tornado mais comum entre famílias jovens, especialmente após períodos de crise como a pandemia. “Muita gente percebeu que precisa de uma base, de algo que dê direção, mas quer viver isso de forma mais livre, sem obrigatoriedade. A espiritualidade familiar está mudando — e isso não precisa ser um problema.”
Fonte Jornal de Brasília