Na tarde de terça-feira (7), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo), em parceria com a Polícia Civil do Maranhão (PCMA), deflagrou a Operação Guardiã, que resultou na prisão de um homem de 25 anos acusado de descumprir medidas protetivas e ameaçar de morte sua ex-companheira, em um grave caso de violência doméstica e familiar.
As investigações apontam que o acusado manteve uma relação de cerca de oito anos com a vítima, marcada por agressões físicas, psicológicas e patrimoniais, além de um comportamento controlador e ameaçador. Mesmo após o término do relacionamento e a concessão das medidas protetivas, ele continuou perseguindo a vítima, chegando a circular armado com um facão nas proximidades da casa, arremessar pedras contra a residência e fazer ameaças de morte à família.
Em um dos episódios mais graves, o homem exibiu uma arma de fogo em público e empurrou a vítima durante uma festa, gerando pânico entre os presentes. Segundo depoimentos, ele repetia frases como “ninguém mais terá ela” e que ambos “iriam para o inferno”, demonstrando total desprezo pelas determinações judiciais.
O clima de medo também se estendia à família da mulher. O pai da vítima relatou que o agressor chegou a mantê-la em cárcere privado e o ameaçou de morte, enquanto as irmãs descreveram um ambiente de terror constante, afirmando que o autor dizia que “só descansaria quando todos estivessem no inferno”. Além disso, ele usava os filhos do casal para pressionar a vítima a retornar ao Maranhão, em violação direta às ordens judiciais.
As mensagens apresentadas nos autos confirmaram o padrão de ameaças, perseguição e desprezo pela Justiça, o que levou o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Riacho Fundo a determinar a prisão preventiva, destacando que as medidas anteriores haviam se mostrado ineficazes para conter a escalada de violência.
Com a ação conjunta entre PCDF e PCMA, a prisão foi realizada com sucesso, garantindo a proteção da vítima e de seus familiares e interrompendo uma trajetória de agressões que poderia culminar em feminicídio. O agressor foi conduzido à delegacia e permanece à disposição da Justiça.
Fonte Jornal de Brasília